sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Livro de Atos - A glória devida


Os primeiros capítulos do Livro de Atos exige que lembremos do que suspirava aquele momento: os estertores da Páscoa, onde a multidão de peregrinos vindos dos quatro cantos da terra se dispersa por toda Jerusalém, e muitos dos que ali estavam buscavam “novidades espirituais” para levar em sua bagagem de volta.

Ao final do discurso de Pedro, o soar dos ensinos judaicos, onde as obras pessoais primaziam, são desafiadas. Em Atos 2.37 essas pessoas compungidas perguntam sobre o que deveria ser feito.
A prática judaica das oferta, abluções, sacrifícios ficara desconexa, aqueles homens realmente não sabiam qual o próximo passo a ser dado.  A arrebatadora verdade trouxe   Jesus e o Espírito Santo em substituição aos valores fincados durante séculos. 

Iniciado estava o  plano de Deus definido no capítulo I do Livro. Àqueles ouvintes nenhum poder especial fora proposto, senão a experiência interna de paz, e a missão de proclamá-la. (A reconciliação efetiva com Deus por meio de Jesus Cristo!).
Mentes “hábeis” introduzem e permitem a egolatria necessária para oferecer a quem quiser o poder e as experiências não autorizados pelo Senhor.
O texto segue e diz que aceitaram a palavra, perseveravam na doutrina, na comunhão, no partir do pão e nas orações... em cada alma havia temor... e que muitos sinais e prodígios eram feitos  por INTERMÉDIO DOS APÓSTOLOS. 
É relevante o registro de Lucas restringir tais poderes apenas aos apóstolos, pois não lemos a participação de TODOS os discípulos com poder para sinais e prodígios.
E o v. 47 afirma que o Senhor é quem acrescentava  os salvos, reafirmando que são Atos de Deus por meio dos Apóstolos.
Sob tal perspectiva corações são desnudados, pensamentos são refutados e sentimentos e ambições aninham-se à desonestidade.
O que os leva a enveredar por tais sendas? Donde surgem outras orientações, outras conclusões?
Atos 4.2 diz que os religiosos da época estavam “preocupados com o ensino da ressurreição”. 

A simples proclamação da ressurreição implicava na perda de status transferindo toda glória a quem dela é digno; no extermínio do engano religioso e das vantagens pessoais. Eram grandes as perdas frente à simplicidade da proclamação do Evangelho de Cristo.
São grandes as perdas frente às verdades do Senhor. 

Os mesmos sentimentos e disposições presentes nos “senhores da religião judaica”  alicerçam o cristianismo de enganos e conquistas pessoais e bravatas coletivas que vemos.

Foram esses descritos pelo Apóstolo: 


Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem,traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses.(2Tm 3:1-5)
Por Rev. Paulo Brasil

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